Exposição fotográfica celebra os 10 anos do Coletivo Jovem Albatroz, em Cabo Frio (RJ)

Exposição fotográfica celebra os 10 anos do Coletivo Jovem Albatroz, em Cabo Frio (RJ)

Visitantes poderão conhecer a história e as principais conquistas do grupo, que já formou mais de 170 jovens para atuarem como lideranças na conservação marinha e costeira

Criado em 2015, o Coletivo Jovem Albatroz (CJA) é um espaço formativo para que jovens possam desenvolver habilidades necessárias para se tornarem lideranças na conservação marinha e costeira. Para celebrar as conquistas e a história construída ao longo de uma década de cursos, oficinas, saídas de campo e visitas técnicas, o Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, exibe, até o final do ano, a mostra “Retratos da Juventude que Ousou Cuidar do Mar”, em seu centro de visitação em Cabo Frio (RJ).

A exposição busca resgatar e valorizar a história do CJA, que já envolveu mais de 170 jovens de várias regiões do Brasil em suas atividades e formações, que abrangeram temas como: políticas públicas, educação ambiental, captação de recursos para projetos ambientais, educomunicação, produção audiovisual e artística. A exposição poderá ser visitada até o fim do ano — a classificação é livre e a entrada é feita mediante a compra de ingresso para a visitação do centro.

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Criado em Santos (SP), cidade na Baixada Santista onde também nasceu o Projeto Albatroz, o CJA foi fruto de uma construção conjunta de estudantes envolvidos com o projeto e a conservação marinha, buscando criar um espaço de troca de saberes, experiências e de formação democrática e dialógica buscando desenvolver uma educação crítica e emancipatória. Desde a primeira turma, um ideal se mantém: no CJA, os jovens são protagonistas, propondo e realizando projetos de intervenção para a transformação da realidade. 

Duas frentes de trabalho se destacam nessa trajetória: os processos formativos, que envolvem desde os cursos até as atividades desenvolvidas em parceria com outros coletivos jovens; e a participação em órgãos colegiados ligados à conservação e à educação ambiental. Essas ações levaram a algumas conquistas e destaques importantes que estão refletidos na exposição, como a participação em edições do Encontro Jovem Mar, a criação da ação virtual #AfetoOceano, a participação e colaboração em órgãos colegiados para a criação de políticas públicas, a publicação do folder Jovem Albatroztrabalhos acadêmicos, entre muitos outros.

A exposição também se utiliza de recursos audiovisuais (com QRCodes) para relembrar o impacto dessa conquista não somente no CJA, mas nas trajetórias individuais dos jovens que passaram por ele. Depoimentos de atuais e ex-integrantes enfatizam a importância do coletivo para o desenvolvimento acadêmico, profissional e pessoal de cada um, fruto da valorização da multidisciplinaridade do CJA, que acredita que jovens estudantes de todas as áreas do conhecimento podem contribuir para a conservação oceânica com seus talentos.

Thaís Lopes, educadora ambiental que é responsável pelas atividades do Coletivo Jovem Albatroz, participou da primeira turma e, até hoje, explica que o processo criativo da exposição foi catártico: “olhando para trás, consigo ver que a história do CJA também é a minha história, se entrelaça com o meu amor pelo oceano e com a minha visão de futuro para a conservação do oceano. Meu desejo é que todos visitem e se deixem encantar por essa história”. 

Para Juliana Justino, coordenadora de comunicação responsável pela concepção e design da exposição, visitar a mostra é também se engajar com o oceano, seus saberes e aqueles que desejam mudar sua história. “O Coletivo Jovem Albatroz é um espaço de muita criatividade, inspiração e conhecimento, acredito que nossa exposição é capaz de tocar muitos corações e mentes para se unirem a essa maré de transformação da juventude”.  

O Coletivo Jovem Albatroz participa da Rede Jovem Mar, uma iniciativa da Rede Biomar que reúne os coletivos jovens de cinco projetos patrocinados pela Petrobras: Projeto Albatroz, Projeto Baleia Jubarte, Projeto Coral Vivo, Projeto Golfinho Rotador e Projeto Meros do Brasil.

Serviço – Exposição “Retratos da Juventude que Ousou Cuidar do Mar”

Horário: quinta e sexta-feira das 10h às 18h, finais de semana das 14h às 18h.

Endereço: Av. Wilson Mendes, s/n, Porto do Carro, Cabo Frio (RJ).

Classificação: livre.

Entrada: inteira R$15, meia entrada R$7, gratuidade para crianças de até 3 anos, inscritos no Cadastro Único e moradores do entorno.

Mais informações: https://projetoalbatroz.org.br/centro-de-visitacao/ 

Sobre o Projeto Albatroz
Reduzir a captura incidental de albatrozes e petréis é a principal missão do Projeto Albatroz, que tem o patrocínio da Petrobras desde 2006. O Projeto, nascido em Santos (SP), no ano de 1990, é coordenado pelo Instituto Albatroz – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que trabalha em parceria com o poder público, instituições de ensino, empresas pesqueiras e pescadores, desenvolvendo pesquisas científicas para subsidiar políticas públicas e a promoção de ações de Educação Ambiental junto aos pescadores, jovens e às escolas. O resultado deste esforço tem se traduzido na formulação de medidas que protegem as aves, na sensibilização da sociedade quanto à importância da conservação dos albatrozes e petréis para o equilíbrio do meio ambiente marinho e no apoio dos pescadores ao uso de medidas para reduzir a captura dessas aves no Brasil.

Atualmente, o Projeto Albatroz mantém bases de pesquisa em quatro estados brasileiros e, em 2023, inaugurou seu primeiro Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha em Cabo Frio (RJ), com exposições, trilhas autoguiadas, ponto para observação de aves e realização de atividades de educação ambiental em uma das regiões com maior ocorrência de albatrozes e petréis da costa brasileira. O Instituto Albatroz, que realiza o Projeto Albatroz, também executa o Programa de Monitoramento de Praias (PMP) em um trecho de 54 km, em diversas praias das cidades de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios, na Região dos Lagos.

O Projeto Albatroz estima que cerca de 300 mil aves marinhas sejam capturadas incidentalmente pela pesca de espinhel todos os anos no mundo, sendo 30 a 40 mil albatrozes e petréis. Para diminuir esse número, a instituição participa ativamente de órgãos e planos nacionais e internacionais como o Acordo para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP), Plano Nacional de Conservação de Albatrozes e Petréis (PLANACAP), Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT), entre outros, compartilhando pesquisas e desenvolvendo estratégias de conservação.

Mais informações: www.projetoalbatroz.org.br

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